Abrantes. Percebo relativamente bem porque é que nunca cá tinha vindo. Diga-se, no entanto, que esta não é uma viagem à procura de uma qualquer estética. É mais uma viagem à procura de uma estrada e, um bocadinho, de um Portugal que continua por aqui e que parece muito distante lá por Lisboa. Manhã de conversa na sapataria-loja de desporto do BI em Santa Comba depois do pequeno-almoço na casa das argolas; velhinhos com fome incluídos. Ontem fomos beber uma cerveja e uma amêndoa amarga ao bar da Casa da Cultura local. Copos, máquinas e snooker no bar da Casa da Cultura. E pode-se fumar, o que é um atractivo - para quem fuma e para quem sai com quem fuma - nas frias noites beirãs.
De Santa Comba até Penacova fomos literalmente à procura da N2. Não foi fácil mas, aqui e ali, encontrámos a estrada que já é um bocadinho nossa.
Tentámos falar com duas senhoras, uma pouco faladora; a outra esquiva (desapareceu quando voltámos para lhe perguntar qualquer coisa e iniciar a coisa). A que falava pouco olhava para a estrada que não conhecia e não sabia para onde ia, estava num aldeia que não sabia qual era e justificava tudo isto por ser nova (devia ter uns 40 anos). Um senhor, em cima da ponte, lá foi falando da estrada embora insistisse que, para indicações, o ideal era a falsa Galp 100 metros mais à frente. Falsa Galp porque já não era uma bomba de gasolina mas uma mercearia, apesar de manter o grande G junto à estrada.
A estrada continua, no entanto. Já vai a meio. Já não me ria como ontem há muito tempo. Cansaço misturado com uvas do Chile e a ideia de um louco atrás de uma árvore com medo que o venham buscar. Já sabem, pouco depois, vieram buscá-lo.
Para a Cris, no entanto, http://momentosemovimento.blogspot.com/2009/04/hoje-tudo-foi-dificil-ate-escolha-da.html.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário