sábado, abril 25, 2009

porto - chaves - lamego

Este blog não é um blog de viagens; eu não sou um viajante; mas em viagem há posts que aparecem; e eu gosto de sair. Hoje começou a N2, ou a Rua Estrada Nacional Dois como é conhecida por alguns, algures entre Chaves e Santa Marta de Penaguião, onde parámos por causa de uma aula de aeróbica para crianças rodeada por livros de livrarias estranhas.

Dia cheio. Rápido até Chaves, fruto dos fundos. Lento a partir daí, fruto de seres humanos cujos cérebros criam imagens e que, por curiosidade, hábito ou insensatez, experimentam pôr em prática essas imagens. De vez em quando, claro. De vez em quando.

As uvas chilenas à venda no alto douro vinhateiro confundiram-se com um senhor, assustado, a olhar freneticamente para a estrada como se o viessem prender. Pouco depois, vieram prendê-lo.

O rapaz das uvas almoçava mas lá saíu da carrinha. Leva a caixa por 2 euros. Em Viseu é que se vende bem.

De mota fazíamos 1200 km pelo Norte de Portugal, com a tenda às costas e a ideia dos copos ao final da tarde, contou contando histórias o amigo do senhor do Porto no café da senhora que agora serve mais os sargentos do quartel do que os camionistas. Mudam ao lado, constroem a auto-estrada, e já se sabe, nós transformamo-nos, e a N2 também.

Há quem saiba que a N2 termina no Algarve, basta ir sempre em frente. Há quem não saiba onde está. Há quem pense que a N2 termina em Vila Real e que a seguir vem o Porto, antes de Coimbra. Mais do que isso não me peçam, deixem-me fumar o meu cigarro e voltar para os matraquilhos, por favor.

A primeira coisa que tens que fazer, filha, é mostrar o quarto aos senhores.

A amiga Cris, às vezes Sofia, já sabemos, aceita a incerteza deste trajecto e tem outra perspectiva: http://momentosemovimento.blogspot.com/2009/04/n2-dia-1.html

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