segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Dragão


A primeira sensação que me transmitiu foi de pequenez. Relativa, naturalmente. O antigo estádio parecia-me maior, enfim mais... mais grande, no fundo.
A acústica, pelo contrário, pareceu-me de imponência, de meter medo. Os cânticos da claque pareciam invadir tudo.
O relvado, ainda uma desgraça.
As imagens do público, capturadas pelas câmaras internas, uma distracção coreografada, importada directamente dos states, muito apreciada por quem é apanhado; para mim, um foco de desatenção intermitente. Até porque estou tão viciado na perspectiva formatada do televisionamento que, curiosamente, me distraio mais no espectáculo ao vivo.

Parece-me estranho que se mantenha a necessidade de encerrar ruas em volta do recinto a cada jogo, agora que se construiu um estádio novo e uma rede de acessos própria.
Mesmo assim, indo a pé, demorei 5 minutos para entrar e 5 minutos para sair (com noventa minutos de intervalo, naturalmente), um luxo. E com cadeira marcada!
Nota importante: o lugar marcado foi respeitado.
Nota importante 2: por quanto tempo se manterá essa prática? Ou será possível crer que exista uma influência positiva - pelo menos essa, valha-nos Deus - do novo betão sobre as velhas pessoas? Uma espécie de contágio civilizacional, da infraestrutura para a estrutura interior? Espero que sim, estou precisado.

Maciel: um novo Eusébio, desta vez com as cores certas na camisola. Não percebo nada mas pareceu-me adequado.

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