Hoje de manhã a Ana Leonor perguntou-me:

- Qual foi a pior coisa que te aconteceu na vida? Engoli em seco e fiquei em silêncio. Percebendo o meu silêncio, ela continuou: - A melhor coisa eu sei o que foi. Mas qual foi a pior? Não consegui dizer nada. Não estava preparado. Estava a tomar o pequeno-almoço.

Ontem, a Ana Leonor perguntou-me:

"como é que eu consigo falar, dizer isto, sem pensar?" Ao início não percebi a pergunta. Depois, lá percebi. Ainda tentei invocar os dois sistemas do Khaneman, mas temo que sem grande convicção...

Hoje a Ana Leonor disse-me:

"cada gesto que eu faço é único, diferente de qualquer um que já tenha sido feito ou venha a ser feito".

Hoje a Ana Leonor perguntou-me:

"porque é que eu sou eu e não outra pessoa?"

11 pessoas no café

1 grupo de 3, 2 grupos de 2 e 4 grupos de 1.

Ter um discurso sobre si próprio parece-me:

às vezes, decisivo para a sobrevivência; outras vezes, totalmente inútil e injustificado. Talvez começar por desenvolver um pensamento (mas não um discurso). E agir.

Para se ser um escritor

temos de ouvir muito bem (Maria Rita)

Parece impossível

Como é que pensamos? Como é que pensamos como pensamos? Como é que pensamos sobre pensar a forma como pensamos? De onde é que isto veio? Parece impossível.

Vivemos juntos. Mergulhamos juntos na noite.

Família

always fit, never fit, often fit

Quanto mais grossa é a parede,

mais tijolos são necessários. (AL)

PPOPOEPOESPOESIPOESIA

(a pensar no José Manuel Coutinho)

A obsolescência...

é relacional

Há algo de muito profundo no acaso e nas circunstâncias

É como se todo o planeamento, para valer a pena, tivesse que ser um planeamento de possibilidades, uma atividade de criação de condições iniciais.

Palavras a perder força

Aparelhagem