quarta-feira, maio 26, 2004

Tróia


Das minhas passagens pelos clássicos ("Brincando aos clássicos", da também imortal Ana Faria), retenho algumas notas de consistência. Os gregos, esses malandros, davam sobremaneira importância:
- ao respeito pelos pais, pela ascendência de cada um
- à hospitalidade
- ao funeral apropriado dos mortos merecedores
- à intervenção dos deuses junto dos homens e destes junto daqueles (esta promiscuidade nota-se também no facto de, volta e meia, deuses e heróis terem comportamentos muito pouco louváveis)
e acima de tudo,
- à imortalidade conquistada pelas acções heróicas dos indivíduos, ao serviço do bem de muitos

Quanto ao tema que nos traz aqui, o famoso filme:
- pintaram Aquiles como um bruto dominado pela ambição e pela raiva, temerário, sem controlo de si; enfim, um pouco menos heróico do que gostaria
- gostei da cena em que Heitor e Aquiles se vestem para a batalha e da encenação dos saltos de Aquiles, no primeiro combate e contra Heitor (não gostei por aí além das restantes cenas de batalhas)
- resume-se 10 anos em 12 dias, o que se compreende, aquilo já durava há quase 3 horas
- notei a influência insidiosa do Senhor dos Anéis (quem prova não esquece): senti um ar de Mr. Frodo no Párias, aquele grande malandreco que fazem sobreviver no fim, ao contrário do que merecia

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