segunda-feira, agosto 19, 2013

domingo, agosto 18, 2013

Ferida

Uma ferida serve, pelo menos, para duas coisas:
(1) como ponto de partida para a reconstrução de memórias;
(2) como testemunha da extraordinária capacidade de regeneração do corpo (extraordinária mas limitada).

sábado, agosto 10, 2013

Dia 7: Carrapateira - Budens

Fica: (1) a "Villa"; (2) o Algarve imobiliário; (3) o amor entre Sagres e São Vicente, a lembrar Pedro e Inês; (4) o Rei Nicolau; (5) o bluff e o não-bluff; (6) o golfe e o BTT, esquemas de entretenimento para, se possível, nos entretermos; (7) projectos, competição, dinheiro, azeite; (8) afogueado; (9) a vontade de estar; o esforço para estar; estar;

Dia 6: Aljezur - Carrapateira

Fica: (1) o pôr-do-sol na praia do Amado (acho que gostamos do pôr-do-sol por ser uma espécie de adeus provisório; e um verdadeiro adeus provisório, um "até já" efectivo, com evidências de reencontro, é coerente com o ritmo para o qual estamos preparados, o ritmo humano; a seguir a uma batida de coração vem outra; a seguir a uma inspiração vem uma expiração; e depois outra inspiração; é confortável e aconchegante; para adeus definitivos, com evidências de fim, estamos muito menos equipados); (2) um jornal, com os seus desafios, títulos arrojados e ironia; (3) um europeu perdido nas dunas;

Dia 5: Odeceixe - Aljezur

Fica: (1) um hostal italo-alemão; (2) a Primavera da Rachel Carson; (3) um Aljezur global, gente que sai.

Dia 4: Odemira - Odeceixe

Fica(m): (1) a praia da Odeceixe (e a vila); (2) fotografias do que poderiam ser imagens esquecidas; (3) muitas outras imagens não fotografadas mas que ficam penduradas na minha memória, soltando-se lentamente até caírem; (4) as pessoas; (5) as pessoas situadas em ambiente de praia; (6) os amigos que me ajudam a subir e descer escadas e a carregar as minhas coisas.

terça-feira, agosto 06, 2013

Dia 3: Cercal do Alentejo - Odemira.

Ficam, agora de forma perfeitamente clara, "as descidas demasiado rápidas em pisos traiçoeiros". Deveria ter lido e relido o meu post do dia 2 para não me esquecer. Digamos que o resto dos dias serão marcados por uma significativa "economia de movimentos".
Não deixa de ficar, no entanto, a beleza do passeio e a liberdade do BTT.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Dia 2: Santiago do Cacém - Cercal do Alentejo

Fica(m): (1) a praça de Cercal do Alentejo; (2) as subidas íngremes e curtas; (3) as subidas longas; (4) as descidas demasiado rápidas em pisos traiçoeiros; (5) 3 ou 4 pequenas quedas por causa da areia e dos pedais de encaixe; (6) a importância dos referidos pedais; (7) cafés perdidos em aldeias perdidas; (8) a cadela "maluca"; (9) um percurso bem assinalado; (10) choques nas vedações electrificadas; (11) conversa e água fria na Praia do Malhão;

domingo, agosto 04, 2013

Dia 1: Viseu - Santiago do Cacém

Fica: (1) um poeta com escrúpulos e ligações a um Rover parado; (2) elásticos; (3) bicicletas penduradas e encaixadas; (3) uma conversa preventiva com a autoridade; (4) o pôr-do-sol a partir deste Santiago, a lembrar o outro; (5) o grupo; (6) a igreja matriz, início da Rota Vicentina; (7) os rostos de crianças que fui vendo ao longo da viagem e que, agora, me remetem sempre para a Ana Leonor.